Resenha Descritiva

Nossa resenha trata do assunto, aborto como prática. Em nossas pesquisas vimos esse assunto abordado por varias publicações dos mais diversos meios de comunicação. Com base no material pesquisado, nosso grupo selecionou os trabalhos de James R. Newman ( o aborto como doença das sociedades 1959), Gianna Jessen ( sobrevivente do aborto –testemunho- 2008), Marlene Nobre( A vida contra o aborto 2005), que abordam o assunto.

Newman (1959), fala que o aborto já era praticado desde a antiguidade, que as opiniões sobre a velha prática eram divergentes quando se diz respeito aos famosos filósofos. James trata do aborto como um “problema mundial” que ocorre em várias nações e em todos os continentes, “os levantamentos e estudos realizados por pesquisadores isolados e pela UNESCO mostram que essa prática é muito difundida nos países escandinavos, na Finlândia, na Alemanha na União Soviética, no Japão, no México, em Porto Rico, na América Latina, nos EUA, bem como outras regiões”(com base na publicação do autor), ele fala também do rigoroso posicionamento sobre o aborto que a igreja cristã sempre teve.

Gianna (2008), dar seu testemunho sobre sua sobrevivência de um aborto. Segundo Gianne a causa da sua vitoria contra a morte é Deus. A tentativa de aborto que a sua mãe induziu, foi em uma famosa clínica de Los Angeles, maior rede de clínica de aborto do mundo, (fatura cerca de 70 milhões de dólares por ano realizando abortos), foi um aborto de final de gestação, aos sete meses, através de um envenenamento salino (solução salina que é injetada no útero da mãe) - o bebe engole essa solução e é queimado por dentro e por fora - explica Gianna. Porém ela não morreu, e testemunha sobre sua história em várias regiões do mundo. Ela alega que sua sobrevivência é tudo graças à ação divina de Deus - eu fui odiada desde minha concepção, mais fui amada especialmente por Deus. Ela fala também dos valores que homem e mulher devem ter. -Estamos em uma guerra interessante, quer percebamos ou não nesse mundo de batalhas entre a vida e a morte. De que lado vocês estão?- Exclama Gianna, questionando a atitude do homem.

Marlene (2005), abordou uma pesquisa feita pela associação médica-espirita brasileira sobre a origem da vida humana e seu inicio no embrião, como uma contribuição do pensamento científico sobre a iniciação da vida e sobre o aborto intencional e suas conseqüências psicológicas para a mãe.

A autora cita um conceito científico médico sobre o aborto induzido, “abortamento induzido significa a eliminação de uma pessoa biologicamente viva”, os médicos também falam que embrião desde muito cedo tem uma individualidade imunológica e psicológica, concretizando a idéia de que a vida propriamente dita começa antes do parto e pode ser acompanhada pela ultra-sonografia.

Marlene fala sobre a carga negativa psicológica que a mãe que prática o aborto pode carregar durante um longo período de sua vida, “o texto da AMEB reconhece que a mulher ao gerar um feto deficiente pode precisar de ajuda psicológica, mas uma mulher que aborta intencionalmente se encontrará em situação pior, carregando o complexo de culpa a carecer ainda mais de ajuda psicológica”.

Marlene ainda fala que “o embrião, portanto não pertence à mãe, ao pai, ao juiz, a equipe médica, ao estado. Pertence, exclusivamente, a ele mesmo, porque a vida lhe foi outorgada, é um patrimônio intrínseco, inerente a sua condição de organismo humano vivo”, mostrando assim sua opinião contraria a prática do aborto.


O aborto sempre foi um assunto muito polêmico, podemos perceber que desde a antiguidade esse ato é praticado por muitos, sem distinção de classe social ou região, como cita o Newman, pode ser considerado um problema mundial. O aborto diz respeito ao direito da mulher diante do seu corpo, e também sobre a do feto, que por sua vez é um ser vivo apartir da sua concepção, tem o direito a vida, segundo a constituíção brasileira de 1988. Como diz a Marlene -o embrião pertence, exclusivamente, a ele mesmo, porque a vida lhe foi outorgada, é um patrimônio intrínseco, inerente a sua condição de organismo humano vivo -, pois ninguém tem o direito de lhe tirar a vida. Diante dessa incruzilhada concluímos que a legalização do aborto é um fato polêmico e que sempre vai ter pessoas a favor e outras contra o abortismo. Por tanto, sempre haverá uma discórdia seja devida a religião, cultura, valores pessoais, etc.

Entrevista com Dra. Inês Pinheiro Saraiva (psicóloga)

(1) O que passa na cabeça da maioria das pessoas que fazem aborto?

É difícil dizer o que passa na cabeça de alguém quando toma uma decisão dessa...... cada caso é um caso,cada história única.....mas normalmente o desespero.medo da reação familiar e da sociedade,imaturidade.....

(2) Qual o percentual de aborto com seus pacientes (grande ou pequeno), qual é a idades que as pessoas (seus pacientes) mais abortam?

Tive pouquíssimos pacientes que me procuraram por esse motivo........quando esse assunto é abordado já fizeram tal procedimento a um tempo...na maioria das vezes são adolescentes,mas existem mulheres adultas também

(3) Qual seu posicionamento sobre o aborto enquanto psicóloga?

Enquanto psicóloga busco não fazer qualquer julgamento, sobre qualquer atitude de quem quer que seja...... Meu papel é o de compreender e ajudar

(4) Qual seu posicionamento sobre o aborto enquanto religiosa?

Sou absolutamente contra, de acordo com os meus valores pessoais, mesmo assim não me sinto no direito de julgar, muito menos condenar

(5) O que acha sobe a legalização do aborto?

Acho um assunto extremamente controvertido, no entanto quando se trata de vida humana... O que deve ser considerado é o contexto onde os fatos ocorrem por isso em alguns casos, pode ser compreensível do ponto de vista humano e científico.

26 de novembro de 2009.

A Vida contra o aborto

"A Associação Médico-Espírita do Brasil elaborou um opúsculo com dez perguntas e respostas sobre a origem da vida humana e o seu início no embrião,como uma contribuição do pensamento médico-espírita ao tema aborto intencional.O objetivo foi ancorar os argumentos na Ciência.A questão inicial é: a vida é um bem indisponível.A defesa dessa tese,no caso do aborto,leva a seguinte questão: "ONDE COMEÇA A VIDA?" para resolvê-la,é indispensável todo o concurso que a Ciência possa oferecer.
A célula -ovo é considerada a nossa primeira morada e, após muitas modificações,se transforma em eum ser humano multicelular.Alguns embriologistas afirmam que o zigoto e o embrião inicial são organismos humanos vivos,nos quais já estão fixadas todas as bases do indivíduo adulto. Com fundamento nesse conceito,figuras notáveis da obstetrícia brasileira fizeram uma declaração conjunta "Abortamento induzido significa a eliminação de uma pessoa biologicamente viva".Estudos científicos demonstram que há uma individualidade êmbrio-fetal muito nítida,tanto imunológica quanto psicológica,em que pode ser acompanhada, desde muito cedo,através da ultrsonografia.Tem-se verificado que cada feto,assim como cada recém-nascido,é um ser altamente individualizado.Não é,de modo algum, uma "tabula rasa",como se poderia supor,esperando ser moldado,exclusivamente, pelo meio ambiente.Tem vida emocional própria:experimenta prazer e desprazer,dor, tristeza,angústia e bem estar,e tem um relacionamento intenso com sua mãe,sendo capaz de captar seus estados emocionais e sentir os sentimentos de afetividade dela em relação a ele.
O embrião,portanto,não pertence á mãe,ao pai, ao juiz,à equipe médica,ao Estado.pertence exclusivamente à ele mesmo,porque a vida lhe foi outorgada,é um patrimõnio intrínseco,inerente á sua condição de organismo humano vivo.O feto anômalo,mesmo o portador de grave defici~encia,como é o caso do anencéfalo,faz parte dessa diversidade.O texto da AMEB reconhece que a mulher ao gerar um feto deficiente pode precisar de ajuda psicológica.MAS QUE A MULHER QUE ABORTAR INTENCIONALMENTE se encontrará em situação muito pior,carregando o complexo de culpa a carecer ainda mais de ajuda psicológica Isto é algo que os defensores do aborto nunca comentam,mas é comum traz muito sofrimento.Trata-se da depressão que surge, em geral, à época da menopausa,tendo como causa o complexo de culpa por aborto praticado.Vários psicoterapeutas constataram a ligação muito próxima entre aborto e depressão."
A VIDA CONTRA O ABORTO, Marlene Nobre,AMEB,São Paulo,2005.Publicado pela revista Reformador,2141,08/2007.www.febnet.org.br


Testemunho de Gianna Jessen, que sobreviveu a um aborto

Igreja - Aborto e Excomunhão












Aborto, um problema mundial

" O aborto é uma velha prática, mas mesmo na antiguidade provocava grandes diferenças de opinião. Platão, na República, aprovava o aborto a fim de impedir o nascimento de filhos concebidos em incesto; Aristóteles, sempre prático, pensava no aborto como um útil regulador malthusiano. De outro lado, o juramento de Hipócrates contém as palavras: 'não darei a uma mulher o pessário para provocar aborto'; o código justiniano proibia o aborto. No entanto, parece haver pouca dúvida de que, no Império Romano e no mundo helenístico, o aborto era, nas palavras de um especialista, 'muito comum nas classes altas'. A Igreja Cristã opõe-se rigorosamente a essa 'atitude pagã' e considerou o aborto um pecado. Em muitos estados, a lei seguiu a doutrina da Igreja e considerou o pecado um crime. Mas na lei anglo-saxônica o aborto era considerado apenas um 'delito eclesiático'.
Hoje, o aborto é um problema mundial. Os levantamentos e estudos realizados por pesquisadores isolados e pela Unesco mostram que essa prática é muito difundida nos países escandinavos, na Finlândia, na Alemanha, na União Soviética, no Japão, no México, em Porto Rico, na América Latina, nos Estados Unidos, bem como em outras regiões. O livro de George Devereux, A Study of Abortion in Primitive Societies, que abrange aproximadamente quatrocentas sociedades pré-industriais, bem como vinte nações históricas e modernas, conclui que o aborto 'é um fenômeno absolutamente universal".

NEWMAN, James R. O Aborto como doença das sociedades.
In: Scientific American, p. 154.